O que fazer em Ilhéus? A dica é degustar muito chocolate!

Rota do Chocolate é uma opção irresistível em Ilhéus, na Bahia
Rota do Chocolate é uma opção irresistível em Ilhéus, na Bahia

Ilhéus, na Bahia, oferece muito o que fazer aos visitantes. A cidade, famosa pelas belas praias, é considerada a capital brasileira do cacau.

Abaixo separamos dicas desse delicioso destino, que vai levar você pela Estrada do Chocolate em Ilhéus, a 460 km de Salvador.

A bela Ilhéus tem muito mais a oferecer do que suas famosas e belas praias
A bela Ilhéus tem muito a oferecer além de suas belas e famosas praias

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A Estrada do Chocolate nos conduz a uma viagem pelo tempo e pelo processo produtivo do cacau, desde a plantação até a degustação do saboroso produto da região. Ao todo, 20 fazendas formam a Estrada do Chocolate, trecho que  liga os municípios de Ilhéus e Uruçuca.

 

Chocolates produzidas a partir das fazendas de Ilhéus, que têm foco na preservação ambiental
Chocolates produzidas a partir das fazendas de Ilhéus, que têm foco na preservação ambiental

As visitas às fazendas incluem experiências no campo, acompanhar as etapas da produção do chocolate e participação nas degustações. Fique atento: o passeio exige calça comprida e botas. O visitante caminha pela mata selvagem, já que os pés de cacau são plantados entre árvores nativas, algumas com dezenas de metros de altura.

Pronto para embarcar nesta aventura? Elencamos 5 fazendas que fazem parte da rota:

Fazenda Provisão

Fazenda Provisão recebe visitantes que desejam conhecer a produção do cacau
Fazenda Provisão recebe visitantes que desejam conhecer a produção do cacau

Tataraneto do coronel Domingos Adami de Sá, primeiro intendente de Ilhéus, Roberto Novaes recebe os visitantes na propriedade de 300 hectares, que pertence à família desde 1815. Ele assume o papel de guia e mostra todas as instalações, começando pela capela de Nossa Senhora da Conceição. As barcaças para secagem do cacau podem ser vistas do casarão, mas há a opção de acompanhar os trabalhadores na tarefa de pisar as amêndoas com os pés descalços.

Após percorrer a plantação e degustar o fruto, o turista conhece o interior da casa e se refresca com suco de cacau. Não é preciso agendar: as visitas acontecem diariamente.

Fazenda Porto Esperança

Fazenda Porto Esperança produz cachaça a partir do mel do cacau
Fazenda Porto Esperança produz cachaça a partir do mel do cacau

Chegar à fazenda já é uma experiência —depois de cruzar a porteira e estacionar o carro, o visitante atravessa o rio Almada, em pé, em uma balsa de tração manual. Na outra margem, aguarda o agrônomo mineiro Marcelo Abrantes, que adquiriu a propriedade há quatro anos e decidiu revolucionar. Em vez de destinar seus frutos à fabricação de chocolate, inventou um método para produzir cachaça a partir do mel do cacau. A destilaria deve ficar pronta no final de 2018, mas os primeiros lotes experimentais já podem ser provados. Também são produzidos mel de cacau in natura e amêndoas caramelizadas com açúcar demerara.

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Além da degustação, a visita — que deve ser agendada — inclui caminhada de um quilômetro, roça adentro, para conhecer a cascata da fazenda. Vale negociar um pulo até uma bonita ponte ferroviária, construída em 1910.

Fazenda Riachuelo

Chocolate Mendoá é produzido pela fazenda Riachuello, em Ilhéus
Chocolate Mendoá é produzido pela fazenda Riachuelo, em Ilhéus

A propriedade fabrica o chocolate Mendoá — produz 300 quilos por dia, distribuídos para 17 estados. É o único endereço da nova rota onde se conhece o processo todo: da lavoura de cacau à barra. O visitante começa pela fábrica — é preciso usar roupas especiais para ver de perto, através de vidros, como as amêndoas viram chocolate.

Em seguida, uma caminhonete leva o visitante pelos dois quilômetros de estradinhas de terra que cortam a plantação. Quem estiver disposto a sujar os sapatos pode ir a pé ao local onde os trabalhadores quebram a casca do cacau e separam as amêndoas na fazenda.

Fazenda Capela Velha

Durante visita às fazendas, visitante conhece processo de colheira do cacau
Durante visita às fazendas, visitante conhece processo de colheira do cacau

A fazenda Capela Velha estava em ruínas quando foi comprada, em 2011, pelo casal mineiro Tais e Carlos Tomich. Eles conduziram uma restauração e, pela primeira vez, estão recebendo visitantes. A construção onde funcionava o antigo secador de cacau foi transformada em um salão com cozinha, onde os dois recebem grupos a partir de dez pessoas.

Ao redor das mesas ficam antigos equipamentos da fazenda, como o bodogo (facão para cortar cacau), o bicador (instrumento pontudo para pegar o cacau no chão) e o caçuá (cesto de palha para transporte da fruta). O roteiro é montado a gosto: pode ser uma caminhada rápida pela lavoura, seguida de almoço típico, ou durar o dia todo, incluindo uma trilha e participação na colheita.

Fazenda Independência

A propriedade com 500 hectares, na cidade de Uruçuca, mudou de mãos em 1982 e foi inteiramente recuperada. A lavoura de cacau ocupa 250 hectares em terreno bastante acidentado — o passeio pela plantação, que começa em novembro, é feito em trator ou caminhonete 4×4. O ponto alto do roteiro promete ser o café da manhã (ou da tarde), servido na varanda do casarão: trata-se de uma mesa forrada de quitutes baianos, como cuscuz de milho fumegante, regado com leite de coco e bolo de mandioca. As visitas devem ser agendadas.

Cacau Running

Outro evento que movimenta a cidade de Ilhéus é o Circuito Cacau Running, uma corrida que traz a cultura da região cacaueira para as ruas do município. Você come o chocolate e depois queima algumas calorias. Dá pra comer sem culpa, não é mesmo?

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